Eleitora do futuro, cidadã do presente

Lembra da Eleição dos Bichos, quando os animais da floresta se juntaram para escolher um novo líder? Em nosso país, acontece a mesma coisa, e os eleitores são aqueles que votam na eleição. No Brasil, o voto é um direito e também um dever. Todos os cidadãos a partir dos 18 anos têm que votar. Quem tem mais de 70, não precisa, mas pode. Quem tem entre 16 e 17 também. Mas, quem tem menos de 16, vai ter que esperar. 

Acontece que as crianças não precisam deixar para pensar em eleições só quando ficarem adolescentes e sabe por que? Porque nas eleições são escolhidos os governantes, pessoas que definem as regras e as leis das cidades, dos estados e do país onde todos vivemos, inclusive as crianças. Pensando nisso, a Justiça Eleitoral, que cuida de todos os assuntos ligados às eleições, criou o projeto Eleitor do Futuro. 

A ideia é promover educação política para crianças e jovens entre 10 e 15 anos. O projeto nasceu no Tribunal Superior Eleitoral, órgão responsável pelas votações em todo o país.  Cada estado tem o seu Tribunal Regional, que realiza o Eleitor do Futuro de acordo com a realidade de cada lugar. Todos os tribunais têm uma escola, chamada de EJE, a Escola Judiciária Eleitoral. É a EJE que vai conversar com crianças em escolas públicas e particulares de todo o país, contando a história da nossa democracia e apresentando a urna eletrônica, máquina onde cada eleitor deixa o seu voto. 

Isso é educar para a cidadania, ou seja, despertar nas crianças a consciência de direitos e de deveres”, afirma a servidora Adriana Passos, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia.

Atualmente, Adriana está na Secretaria de Planejamento, Estratégia e Eleições, mas por 10 anos, ela fez parte da EJE-BA, atuando diretamente com os estudantes baianos. 

Nas escolas visitadas pelo Eleitor do Futuro, as crianças participam de uma votação simulada. É uma brincadeira, com candidatos e partidos de faz de conta, mas com uma urna de verdade, a mesma onde os adultos votam. No Eleitor do Futuro, tem criança que gosta tanto da experiência, que depois pede ao pai e a mãe para ir votar junto com eles. Você vota com os seus pais?

Embora não possam ter um título de eleitor e ter o voto contado como os de jovens ou adultos, tem menina e menino pequeno que, no dia das eleições, entram na cabine de votação, apertam o número do candidato escolhido pelo adulto que está com eles e confirmam. Também acontece de as crianças começarem a pensar em um dia serem candidatas, para que as pessoas votem nelas. 

Ao aprenderem sobre democracia e eleições, as crianças podem participar ainda mais de políticas públicas pensadas para elas, acredita Adriana. “E, quando isso acontece, todos se beneficiam; as crianças aprendem que a política faz parte das nossas vidas; os administradores públicos ganham em qualidade nos programas criados, cada vez mais adequados às necessidades reais; e toda a comunidade, pois adultos e crianças se envolvem em construções coletivas”.  🤝